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Mostrando postagens de março, 2022

Obsolescência programada em obras públicas?

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  Impulsionado pela Revolução Industrial, o capitalismo tem produzido efeitos diversos no seio social. Com vista direta ao lucro, projetado pela mão invisível do mercado, uma das suas principais características é a geração de riquezas para poucos. Apesar do fomento à evolução de produtos e serviços, com ênfase no desenvolvimento tecnológico, os frutos desse modelo econômico não são tão doces como pensamos. Além da degradação ambiental; divergência entre capital e trabalho; alargamento das desigualdades sociais; e desvirtuação de valores humanos, o incentivo ao consumo em larga escala está entre os detalhes que contribuem para a manutenção do status quo da dinâmica social estratificada.             Todas essas questões geralmente são discutidas em espaços de convivência e formação como organizações da sociedade civil e na escola. Mas, por que continuamos a consumir em demasia se já aprendemos que tal prática não nos benef...

Para não dizer que não falei das flores

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   (Charge de @IlustraGabs) Mais um 8 de março. Mais adjetivos e mimos de toda ordem para romantizar uma das narrativas mais antigas da história da humanidade, o calvário de ser mulher em uma sociedade machista e desigual. Antes mesmo de começarem as homenagens esvaziadas de sentido, o que me levou a escrever estas linhas são dois fatos assistidos nesse início de março: O primeiro deles, de repercussão mundial, é a coisificação das mulheres por um parlamentar paulista que sequer merece ter o nome mencionando nesse texto pelo nível de canalhice que sua conduta apresenta. Digo coisificação porque o fato citado transcende até a noção de objeto com a qual sempre fomos tratadas, seja para a satisfação da lascívia masculina ou para a servidão no lar. Infelizmente, em pleno século XXI, não são raros os casos em que saímos da condição de objeto para sermos tratadas como coisas por aqueles que dependem quase que totalmente de nós para a plena sobrevivência. O segundo fato, be...