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Mostrando postagens de agosto, 2021

Sobre o poder da representatividade

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 Texto escrito no início de agosto. Tenho de forma insistente usado as redes sociais e alguns veículos de comunicação para expressar minha indignação enquanto cidadã tocantinense pela histórica ausência do olhar governamental ao extremo norte do estado. Em meio às cobranças e críticas que tenho tecido, de forma justa, dessa vez senti a necessidade de escrever sobre alguns fatos que também têm chamado minha atenção enquanto servidora pública e filha dessa terra tão sofrida. Hoje quero falar sobre o poder da representatividade. Palavra muito utilizada nas discussões de cunho social, é o substantivo que indica “qualidade de alguém, de um partido, de um grupo ou de um sindicato, cujo embasamento na população faz que ele possa exprimir-se verdadeiramente em seu nome”. Nas minhas andanças costumeiras pelo Bico, percebi que não por acaso, começamos a ter representatividade no cenário político estadual. O que vocês podem questionar já que a região sempre teve pessoas da região ocupando alg...

No Tocantins não há bambu

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  Logo após a retomada das aulas em formato presencial, chegamos ao famoso conselho de classe para encerrar o segundo bimestre. Na acolhida, como é de praxe, participamos de uma dinâmica organizada por uma colega professora aposentada que atualmente desempenha função técnica na rede municipal. Na leitura compartilhada do texto “As dez lições do bambu”, a colega muito empenhada na missão de nos motivar, propôs o exercício reflexivo de nossa postura enquanto avaliador do aluno nesse contexto pandêmico. Resiliência e flexibilidade foram as palavras centrais na dinâmica. Segundo o texto escolhido e as palavras da colega, ao contrário de árvores mais frondosas e de grande porte que têm a rigidez como principal característica, o bambu resiste à tempestades e à neve, justamente por ser flexível e resiliente durante períodos de crise. Assim, o objetivo da mensagem foi de pedir aos professores um olhar atento, cuidadoso, humano, e flexível ao aluno no momento de avaliar sua aprendizagem nes...

Sobre a saga do retorno e a política do Estado mínimo

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  Com o advento da pandemia, passei a escrever sobre algumas situações que incomodam e revoltam quanto ao tratamento do poder público aos problemas já existentes, mas que foram acentuados desde março de 2020.  O abandono à parte norte do Tocantins no quesito efetividade das políticas públicas, em especial a falta de leitos de UTI, a política da sacolinha com a promoção pessoal de algumas figuras nesse contexto de insegurança alimentar e os apelos à comunidade para o respeito às regras de distanciamento, foram algumas das pautas abordadas nesses últimos 17 meses. Entre tantas considerações, o contexto educacional na rede pública foi o tema mais recorrente por aqui. Hoje mais uma vez sinto a necessidade de tocar nesse ponto. A SAGA DO RETORNO À AULAS PRESENCIAIS. Como bem sabem, sou professora da rede estadual e leciono em uma escola na zona rural de Sítio Novo do Tocantins.  Desde a suspensão das aulas presenciais, em março de 2020, e a adoção do ensino remoto, inúmeras fo...